quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

TRANSMIL DEIXA DE CIRCULAR EM LINHAS DE MESQUITA E NOVA IGUAÇU

O DETRO realizou hoje a segunda intervenção que, desta vez, tirou a Turismo Trans1000 das linhas destinadas a Mesquita e Nova Iguaçu.

Alvo de muitas reclamações, a Transmil havia perdido, há seis meses atrás, linhas que operava em Nilópolis, atualmente servidas pela Blanco, Nilopolitana e Master.

Agora as linhas foram divididas para a Viação Nossa Senhora da Penha e Auto Viação Vera Cruz (RJ 112), através do seguinte esquema emergencial:

VIAÇÃO NOSSA SENHORA DA PENHA:

133 Nova Iguaçu / Central
479I Nova Iguaçu / Parada de Lucas

AUTO VIAÇÃO VERA CRUZ:

005 Mesquita / Passeio (via Banco de Areia)
478 Mesquita / Central (via Guadalupe)
651 Mesquita / Pavuna.

A exemplo do que ocorreu em Nilópolis, o DETRO permitiu à Transmil que, dentro do prazo de um ano, procure se adequar às exigências previstas no Termo de Compromisso assinado com o órgão. Se não estiver preparada depois do fim desse prazo, sua concessão será definitivamente cassada.

Diante de sérios problemas relacionados com a Transmil - que envolvem até mesmo um assassinato de um dos sócios, ainda não esclarecido - , conhecida por sua frota velha e sucateada e pelo cumprimento irregular de horários e serviço de linhas, é muito difícil que a empresa possa se recuperar a tempo de reassumir todas as suas linhas.

domingo, 13 de outubro de 2013

TRANSMIL ESNOBA POPULAÇÃO DE MESQUITA


Além de insistir em operar as linhas do setor Mesquita, a Turismo Trans1000 fez uma declaração que soa como uma verdadeira gozação com os moradores do pequeno município, que faz parte da Baixada Fluminense.

Depois que perdeu o setor Nilópolis para outras empresas, a Transmil insiste em operar linhas de Mesquita, seu município-sede. Oficialmente, tem em mãos apenas cinco linhas, mas já está criando algumas "variantes", de forma bastante irregular, como última tentativa de continuar em circulação e enganar passageiros e autoridades, driblando a lei.

Consta-se, por exemplo, que a linha 478 Mesquita / Central teria sido prolongada, sem autorização do DETRO, para o Passeio - ponto final no entorno da Glória - , "clonando" no Centro do Rio o percurso da antiga 003 Nilópolis / Passeio que, agora sob responsabilidade da Transportes Blanco, foi renumerada para 124B.

A Transmil, a princípio, "aumentou" a frota, mas tudo indica que é a mesma manobra de criar "comboios" para enganar os passageiros. Assim, a empresa junta os poucos carros que têm para suas linhas para saírem quase juntos num curto intervalo de tempo, em horários de maior movimento. Dá a impressão de linhas bem servidas, mas quem perde o "comboio" percebe logo a farsa.

A gozação, no entanto, se deu quando, ao saber de queixas transmitidas para o DETRO sobre o péssimo serviço da Transmil e sua frota sucateada e canibalizada, a assessoria da empresa de ônibus disparou a seguinte "pérola": a população de Mesquita está, segundo a empresa, "satisfeita" com o serviço da Transmil.

A realidade mostra o contrário, conforme atesta a comunidade "Fora Trans1000" do Facebook, que não tem relação direta com este blogue mas tem o mesmo compromisso de defender o interesse público lesado pela empresa.

A população tenta se articular, se dirigindo sobretudo à Prefeitura Municipal de Mesquita, para pedir a retirada da Transmil de circulação e a substituição por outras empresas. A prefeitura chegou mesmo a solicitar do DETRO a apreensão de vários ônibus da Transmil com defeitos nas peças - como freio com defeito, pneus carecas e assentos soltos - e irregularidades na documentação.

Portanto, a população nem de longe estaria satisfeita com os serviços da Transmil. Muito pelo contrário, a indignação é cada vez mais crescente e a Transmil pode tentar ganhar tempo para, quando vier a "licitação" de linhas intermunicipais para o Rio de Janeiro - nos moldes da corrupta "licitação" da capital fluminense - , ela possa se mascarar sob um pseudônimo e uma pintura padronizada.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

TURISMO TRANS1000: CHANCES DE VOLTAR A CIRCULAR SÃO REMOTAS

EMPRESA DE MESQUITA, PARA VOLTAR A CIRCULAR, TERÁ QUE INVESTIR BEM MAIS DO QUE R$ 5 MILHÕES PARA SE RECUPERAR.

O DETRO-RJ, entidade que monitora o transporte coletivo intermunicipal no Rio de Janeiro, estabeleceu um prazo de um ano para a Turismo Trans1000 cumprir as exigências previstas na cláusula do Termo de Acordo e Compromisso, relacionadas à renovação e conservação da frota.

A Transmil, como é conhecida, sofreu intervenção parcial do DETRO, deixando de circular no setor Nilópolis, quatro anos depois de ter perdido o setor Queimados-Japeri para a Transportes Blanco. A Blanco, além da Master e da Nilopolitana, passaram a operar as linhas que eram da Transmil.

No próximo domingo, será a vez do destino das linhas do setor Mesquita ser discutido pela prefeitura do município e por associações de moradores e outras entidades representativas. Rumores indicam que a Flores e a Nossa Senhora da Penha vão assumir as linhas. Outra linha a ter destino definido será a 476 Nova Iguaçu / Parada de Lucas, uma de maior demanda da Transmil.

A Transmil já devolveu às revendedoras os carros da Marcopolo Viale que eram da Viação Mauá (de São Gonçalo) e Neobus Mega IV que eram da Viação Pavunense, estes últimos sendo a última aquisição da frota da empresa. Alguns ônibus já foram incendiados durante o percurso e vários ônibus da Marcopolo Torino 99, CAIO Apache VIP 1 e Neobus Mega III já saíram da frota.

A não ser que ocorra alguma corrupção política, as chances da Trans1000 voltar a circular em suas linhas são bastante remotas, se percebermos que, somente em multas e autos de infração no trânsito, a empresa não deve menos que R$ 3,5 milhões.

Além disso, a Transmil acumula, na Justiça, uma série de processos por salários atrasados, não cumprimento de encargos trabalhistas e indenizações por acidentes de trabalho, que há muito estouraram os orçamentos da empresa, e vários desses processos têm mais de três anos.

Outro aspecto é que a compra de 40 carros novos prevista em primeiro momento - mas que deve ser ampliada pela natureza da empresa - custa uma fortuna, além de exigir também gastos de manutenção e também de combustível.

Se tudo isso for levado em conta, a Transmil teria que gastar bem mais do que R$ 5 milhões, quantia que, com a situação em que está a empresa, é muito difícil de ser obtida num prazo de doze meses. Além disso, vendo a tendência de bom serviço das novas empresas do setor Nilópolis, a Turismo Trans1000 não deixará saudades.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

DETRO FAZ INTERVENÇÃO NA TRANSMIL


COMENTÁRIO: Por enquanto, o comunicado do DETRO-RJ se refere ao setor Nilópolis da Turismo Trans1000, mas o setor de sua sede, Mesquita, ainda está indefinido, embora tudo indica que a partir de hoje a empresa praticamente caminha para a extinção. Há uma possibilidade da Transmil retornar, se cumprir as exigências do DETRO previstas em cláusula, mas pela situação da empresa, cheia de processos trabalhistas pendentes e com um grande rombo financeiro, as chances de retorno são remotas.

DETRO FAZ INTERVENÇÃO NA TRANSMIL

Da Assessoria de Comunicação do DETRO

A partir desta quarta-feira (21/8) seis linhas da Turismo Transmil Ltda estão sob a intervenção do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro). A medida foi tomada já que a empresa não honrou as cláusulas exigidas em Termo de Acordo e Compromisso (TAC) assinado por seus diretores. As linhas tem origem no município de Nilópolis e serão operadas, em caráter emergencial, pela Cavalcanti e Cia Ltda (Nilopolitana), Transportes Blanco Ltda e Master Transportes Coletivos Ltda.

A portaria de intervenção na Transmil foi publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Estado e estabelece que passam a ser operadas pela Blanco as linhas 124B (SA) Nilópolis – Passeio (via Parada de Lucas) com 15 carros e a 131B (SA) Nilópolis – Central (via Parada de Lucas) com cinco carros; pela Master a 152B (SAC) Nilópolis – Central (Via Via Light) com três ônibus e a 120B (SA) Nilópolis – Central (via BR-116), com sete veículos; e pela Nilopolitana os trajetos 129B (SA) Nilópolis – Central (via Vila Norma) com cinco veículos e 516I (SA) Nilópolis – Km-2,5 da BR-116 com cinco ônibus. Estas empresas vão incorporar as linhas em questão sem prejuízo das que já operam.

Entre as exigências acordadas e não cumpridas pela Transmil estão a não incorporação de 40 novos ônibus a sua frota; a não disponibilização da frota mínima exigida de 76 veículos em condições de vistoria; a não quitação de débitos relativos a autos de infração que somam cerca de R$ 2 milhões e a taxas do Detro num total aproximado de R$ 1,5 milhão, entre outras.

Uma das linhas sob intervenção, a Nilópolis – Passeio (via Parada de Lucas), é a mais reclamada da empresa na Ouvidoria do Detro, com 78 registros entre janeiro e agosto, por motivos diversos como má conservação, horário irregular, falta de ônibus, não parada no ponto. Entre janeiro e agosto de 2013, a Transmil contabiliza um total de 229 reclamações contra ela.

Desde a zero hora de hoje, a Transmil é responsável apenas por linhas nos municípios de Nova Iguaçu (duas) e Mesquita (três). Já a Master, Nilopolitana e a Blanco operarão os trajetos que sofreram intervenção pelo prazo máximo de um ano ou até a realização de concorrência pública para seleção de futura operadora. Durante este tempo, a Transmil poderá se adequar às condições exigidas para recuperar suas linhas e, caso isto não ocorra, a empresa pode perder de vez a permissão para atuar no transporte intermunicipal de passageiros.

BLANCO ASSUME PARTE DO SETOR NILÓPOLIS DA TRANSMIL

Já era hora! Com alegria informamos que a Turismo Trans1000 começa a se desfazer de suas linhas, e a Transportes Blanco assumiu parte do setor Nilópolis da empresa.

Uma amostra está nesta foto que Cláudio Paz registrou da linha 131B Nilópolis / Central. Há informações de que outra empresa da Baixada, a Master Transportes Coletivos de Passageiros, estaria assumindo a 003 Nilópolis / Passeio.

Há informações de que ônibus novos da Blanco estariam destinados a rodar nas linhas da Transmil, que segundo garantiu um fiscal, havia perdido linhas para Blanco e outras empresas.

Surgem também informações que a Viação Nossa Senhora da Penha e a Viação Nilopolitana pegariam linhas internas da Baixada antes atendidas pela Transmil dentro do setor Nilópolis. Até agora não existem informações definitivas sobre o destino do setor Mesquita e da linha 479 Nova Iguaçu / Parada de Lucas, mas tudo indica que a atuação da Transmil nessas linhas também está com os dias contados.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PINTURA PADRONIZADA PODERIA FAVORECER TRANS1000

  

Imagine se houvesse a pintura padronizada nos ônibus intermunicipais?

Veja o arquivo acima, com seis fotos. Imagine a pintura padronizada a ser adotada, seja como for, mesmo com logotipo de empresa pequenininho na janela ou nas laterais, e se verá tudo igualzinho.

Empresas como Caravelle, Nossa Senhora da Penha e Evanil têm um padrão de serviço bem melhor que o da Transmil.

Com a pintura padronizada, a Transmil será "protegida" pela semelhança visual que terá com as empresas boas.

A gente faz campanha contra a pintura padronizada nos ônibus e pouca gente entende, mas é isso que está causando a corrupção que vemos no sistema de ônibus do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.

Uma roubalheira de fazer qualquer assaltante ficar de queixo caído.

Tem gente que pensa que pode haver sistema de ônibus honesto com pintura padronizada, quando ela é que mascara as coisas.

Não tem essa de "critérios técnicos"!!

Mesmo os critérios pintura por trajetos, consórcios e tipos de ônibus, como "alimentadores", "interbairros", "biarticulados", "consórcio A" etc, são fachada para a corrupção que se esconde na medida em que as empresas de ônibus não exibem mais a identidade visual.

E o maior medo é que, com a máquina de corrupção de Sérgio Cabral Filho, a Transmil seja beneficiada por essa licitação de fachada.

Imagine. Digamos que a Transmil seja aparentemente extinta, mude seu nome para Viação Santa Gorgonzola, por exemplo, e tudo fique como está, com a pintura padronizada que a faz igual à Evanil, Nossa Senhora da Penha, Flores, Caravele e Mageli.

No começo vai ter Pégaso, Pavunense e Vera Cruz (RJ 112) dando carrinho semi-novo para a "Santa Gorgonzola", tudo vai parecer legal com a Santa Gorgonzola operando a 003, 005 e 479 com ônibus quase novos, com o logotipão do DETRO aparecendo mais do que o nome da empresa.

Aí vai ter um monte de foto no Ônibus Brasil. Tudo nas maravilhas durante uns dois meses.

Até que depois volta tudo ao que era. Mas aí o povo de Mesquita e Nilópolis, e por vezes de Nova Iguaçu e Belford Roxo, não vai poder reclamar, porque a Santa Gorgonzola, alter ego da Transmil, está com a pintura do DETRO igualzinha à da Evanil, Flores, Caravele, NS Penha etc.

E aí a roubalheira fica pior ainda. Tal qual acontece em São Paulo. E será pior ainda porque terá a máscara da pintura padronizada. Será que vamos aceitar isso?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

CASSADA A CONCESSÃO DE LINHAS DA TRANS...LITORÂNEA


Uma boa lição para o caso da Turismo Trans1000. A Translitorânea Turística teve sua concessão de seis linhas cassada pela Prefeitura do Rio de Janeiro - que se apressou pela iniciativa receosa dos efeitos da CPI dos Ônibus - , por causa da redução de frota e do péssimo estado de conservação de seus veículos.

As linhas envolvidas na cassação são 521 Botafogo / Vidigal (via Copacabana), 522 Botafogo / Vidigal (via Jóquei), 546 Rocinha / Leblon, 591 São Conrado / Leme (via Copacabana), 592 São Conrado / Leme (via Jóquei) e 593 Gávea / Leme (via Copacabana).

A Translitorânea surgiu de um arranjo político na licitação de fachada feita pela própria Prefeitura do Rio de Janeiro, que criou medidas nefastas como a pintura padronizada (ou pintura única), o excessivo rigor na carga horária dos motoristas (isso sem resolver o trânsito na cidade) e o poder ditatorial da Secretaria de Transporte.

Nesse arranjo, a Translitorânea surgiu, na verdade, como um alter-ego da Transportes Amigos Unidos, aparentemente extinta por ter muitas irregularidades, mas "ressuscitada" com outro nome para favorecer seus proprietários.

O prefeito Eduardo Paes decidiu pela cassação para evitar que os efeitos da CPI dos Ônibus possam comprometer privilégios de empresários amigos do prefeito carioca. É como, diante de investigações de corrupção política, um parlamentar renuncie para não ter seu mandato cassado por vários anos. É a estratégia conhecida de tirar os anéis para salvar os dedos.

Em todo caso, o episódio pode servir, mesmo com desfechos negativos, para fazer-nos refletir sobre o caso Trans1000. A empresa de Mesquita também peca pela má conservação da frota e pela redução drástica do número de carros em circulação.

Além disso, os donos da Transmil também possuem boas relações políticas, principalmente com membros do DETRO, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além do Poder Judiciário estadual. Se não fosse a corrupção política, a Transmil teria sido extinta há anos. A Translitorânea conta com três anos de existência.